Patologia
causada por uma bactéria ciliada denominada Clostridium
tetani, que mede 2,5 por 0,5 micra.
Trata-se
de uma doença que acomete todos os animais de
sangue quente, inclusive portanto o homem, e na
maior parte dos casos é causada por contaminação
de ferimentos da pele ou mucosas por terra. Na
terra contaminada com o germe, adquirindo este
uma forma de esporo , pode permanecer
por um período longo de tempo,
chegando a algumas décadas.
Penetra
através de uma ferida da pele num
um organismo animal susceptível de infecção ,
ali permanecendo e a aguardar o momento
que pela cicatrização ferimento se
feche, criando então um ambiente de
anaerobiose, ou seja, com ausência de oxigénio,
para se transformar na sua forma vegetativa. É
então nesta última forma que tem inicio a
segregação de uma potente toxina , sendo
essa toxina a responsável pelo desencadear dos
sintomas .. Entre as toxinas conhecidas, só
é superada pela toxina Botulínica,
segregada também por outro microrganismo do
mesmo grupo, o: Clostridium botulinum .
Os
sintomas da doença que sobrevêm sempre após
ocorrer de feridas contaminados com terra,
e invariavelmente na sua fase de cicatrização
, como foi anteriormente comentado e explicado,
caracterizam-se por febre alta até 41
graus, com contracções musculares, que sobrevêm
principalmente após estímulo do animal à luz
ou a ruidos externos, por exemplo
simples bater de palmas com as mãos. São
particularmente sensíveis à doença os animais
da espécie equina, mais sensíveis até que o
homem, considerando-se proporcionalmente seus
pesos, e naquela espécie animal, os primeiros
sintomas são de contracção espasmódica dos músculos
da região cervical e da cabeça, progredindo a
tetania da região cervical para a região torácica,
e desta para os membros, tanto anteriores como
posteriores. Nessa postura, ficam os equinos
doentes do mal, com os membros anteriores e
posteriores afastados entre si, com a cauda
estendida em atitude chamada em bandeira,
semelhante à postura normal da cauda de animais
da raça árabe.
Os
músculos enrijecidos da cara dão ao equino
doente, um ricto sardónico, com os lábios
estáticos.
Com
a evolução da doença, o que acontece
com extrema rapidez, sobrevêm dificuldades
respiratórias devida ao endurecimento da
musculatura intercostal e do diafragma,
sobrevindo a morte por asfixia devido esse endurecimento
determinar impossibilidade do acto da respiração.
Podem ocorrer hemorragias espontâneas pelos
orifícios naturais, o que também é detectável,
por simples observação clínica ou exame
laboratorial directo
O
tratamento será prescrito pelo médico veterinário
assistente.
Complementarmente,
deve ter-se em linha de conta o tratamento
dos ferimentos causados tanto na pele como em
mucosas, principalmente se contaminados por
terra, com a utilização de anti-sépticos
eficientes e quando possível, também de acção
duradoura, além da efectuação de penso
no local afectado que se encontre exposto.
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