Ansiedade de separação é o conjunto de comportamentos exibidos por cães quando são deixados sós, sendo um dos problemas comportamentais mais comuns em cães. Os proprietários frequentemente referem-se a estes animais como "rancorosos", "chateados", "raivosos", que agem com "despeito", "má vontade", mas este tipo de explicação não tem nenhuma base etológica. O mais correcto seria descrever este tipo de comportamento perturbado como resultado de uma resposta ao stresse  pela separação da pessoa ou pessoas com quem o animal está ligado ou apegado.

Razões

A principal característica da ansiedade de separação é que os comportamentos indesejados estão claramente relacionados à ausência de um ou de todos os membros da família.

Comportamentos

  1. mastigam, arranham e destroem  objectos domésticos ou pessoais.
  2. urinam e defecam em localizações inaceitáveis.
  3. ficam deprimidos e não comem ou bebem enquanto o proprietário não volta.

A maioria dos cães afectados fica muito  excitado quando o proprietário retorna, saudando seu proprietário mais efusivamente do que o normal. Quando o proprietário retorna, o cão geralmente torna-se extremamente activo e exagera suas saudações à chegada do proprietário.

O tratamento é efectuado tendo em conta a história do animal.A possibilidade de sucesso diminui consoante a idade do animal e   a execução do comportamento se torna mais elevada.

O princípio subjacente a toda técnica de tratamento para fobias, medos e ansiedades consiste em permitir que um animal experimente situações que despoletem  medo e ansiedade sem que fique ansioso ou com medo. Para isso é preciso identificar quais são estes estímulos.

O cão deverá adaptar-se gradualmente a ficar só através de exposição a pequenas partidas. Se a resposta ansiosa acontecer logo após a partida do proprietário (dentro de 30 minutos), o cão deverá permanecer sozinho, no princípio, durante intervalos muito pequenos (5 minutos) para assegurar o sucesso do tratamento. O período de ausência é então gradualmente aumentado. O proprietário deve evitar a interação enquanto o animal apresenta comportamentos ansiosos. Deve assegurar que o cão não se ocupe com saudações prolongadas no retorno do proprietário, gratificando ou premiando o animal somente quando este estiver tranquilo e calmo.

A forma de prevenir o aparecimento destas situações resume-se a que o dono trate o animal como animal e não como uma pessoa. Quando ao animal não é demonstrado claramente o seu local na casa, surgem as situações de perturbações. Medicamentos existentes tratam este síndroma mas não devem ser usados de forma sistemática.Deverá contactar o seu medico veterinário assistente.

 
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